Com os outros membros da tripulação mortos e equipamento destruído, não temos forma de comunicar nem podemos contar com a ajuda de ninguém. Estamos completamente sozinhos num planeta desconhecido... ou será que não?
Jogabilidade
Jogado em primeira pessoa e totalmente a solo, The Solus Project leva-nos para um vasto mundo aberto onde temos a oportunidade de explorar diversa áreas, incluindo cavernas, desvendar vários segredos e, acima de tudo, garantir a sobrevivência do personagem que controlamos.
A nossa aventura num planeta desconhecido começa sem qualquer equipamento, à exceção do fato espacial, ao qual podemos juntar (ou não) um de vários melhoramentos que nos são apresentados no inicio. Após sair do módulo que trouxe o nosso personagem até à superfície do planeta Gliese-6143-C, encontramos o dispositivo que nos vai acompanhar ao longo do jogo, e que nos vai mostrar as necessidades do personagem, assim como analisar o ambiente à nossa volta e objetos que encontramos.
Nos primeiros momentos do jogo recebemos algumas dicas sobre como interagir com os objetos e elementos naturais do planeta, como por exemplo a água potável e vegetais comestíveis, e ainda de que forma podemos combinar vários elementos para criar objetos mais complexos.
Para além de rochas, vegetação e outros elementos naturais, na superfície do planeta encontramos vários destroços da nave onde o nosso personagem e a restante tripulação viajou pelo espaço. Entre os destroços vamos encontrar garrafas de água e latas de comida, bastante úteis na luta pela sobrevivência, assim como objetos que nos vão ajudar na exploração do planeta, como é o caso dos cabos elétricos e barras de ferro que, quando combinadas com raízes secas, nos permitem criar uma tocha essencial para explorar as cavernas escuras e sobreviver às noites geladas. Temos ainda vários diários de bordo e outros documentos que contam a história de cada membro da tripulação que viajou com o nosso personagem até ao planeta Gliese-6143-C.
youtube.com/watch?v=4hSbKP4NuuM
A dada altura, ainda durante a primeira fase do jogo, um módulo com suprimentos cai na superfície do planeta. Para além de barras energéticas, kits médicos e água potável, este módulo transporta um equipamento que nos vai abrir novos horizontes. Trata-se de um dispositivo que lança um disco e nos teletransporta para o local onde o disco cai, e que nos permite alcançar áreas de outra forma inalcançáveis. Este não será o único módulo de suprimentos a surgir durante o jogo.
Par além da necessidade constaste de água e alimentos, assim como de algumas horas de sono, o nosso personagem terá de lidar com o clima instável do planeta Gliese-6143-C. Se durante o dia a temperatura é, de certa forma, amena, as noites podem ser bastante geladas. Um abrigo e uma fogueira são algo que pode ajudar nesta situação, pois sem qualquer fonte de calor por perto, a temperatura corporal do nosso personagem pode descer drasticamente, chegar mesmo ao nível de hipotermia e, consequentemente, provocar a morte. Outro elemento baixa a temperatura corporal é a água, pelo que andar à chuva ou entrar no oceano deve ser devidamente calculado.
Mas a instabilidade do planeta não se fica pela diferença de temperatura entre o dia e a noite. Para além de chuva temos ainda tempestades de neve, assim como uma série de ameaça bem mais catastróficas, incluindo tornados, chuva de meteoritos ou tempestades de raios, todas elas letais quando atingem o nosso personagem.
Sobreviver é uma parte importante de The Solus Project, mas não é só isso que temos de fazer durante o jogo. O planeta Gliese-6143-C esconde muitos segredos de uma civilização alienígena, e desvendá-los é talvez a parte mais empolgante da experiência. Entre elas encontramos artefactos que melhoram os atributos do nosso personagem. Temos ainda a tarefas de construir uma torre de comunicação para enviar uma mensagem para casa, e para isso temos de encontrar as peças que estão espalhadas pelo planeta.
youtube.com/watch?v=EHOBMrqB9GI
Gráficos e som
Alimentado pelo motor de jogo Unreal Engine 4, The Solus Project oferece-nos um mundo rico e diverso, como elementos visuais bastante detalhados. Embora tudo pareça estranho à nossa volta, os ambientes estão repletos de vegetação, construções e elementos geológicos, aos quais se junta um horizonte marcado por duas belas luas. Não sabemos como é a paisagem de um planeta alienígena habitável, mas a forma como a Teotl Studios e a Grip Digital imaginaram o planeta Gliese-6143-C parece-nos uma boa possibilidade.
Em relação ao som, The Solus Project presenteia-nos com uma banda sonora que se adapta aos diversos momentos do jogo, ou seja, mais intensa quando o nosso personagem está em perigo, de suspense quando entramos no desconhecido, ou exuberante quando alcançamos algo. Os efeitos sonoros também se apresentam num excelente nível, levando-nos por vezes a arrepiar com receio que algo da mau aconteça.
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Conclusão
The Solus Project é um jogo que acompanhámos ao longo do seu desenvolvimento, e que se apresentou sem problemas técnicos (bugs) que nos impedissem de jogar normalmente, mesmo na versão de Acesso Antecipado. Oferecendo-nos várias horas de jogabilidade onde temos a oportunidade de explorar áreas enormes repletas de segredos por desvendar, este jogo cresceu ao longo de vários meses, tendo sido por muitos considerado um dos jogos de sobrevivência mais esperados do ano.
Com uma sua natureza misteriosa, The Solus Project combina sobrevivência e exploração de uma forma perfeita, oferecendo-nos uma experiência bastante empolgante que nos mantém envolvidos do início ao fim.