Lançado recentemente para PC (Steam) e Xbox One, Anarcute é um simulador de motins que começou por ser um projeto de escola de cinco estudantes franceses.

Depois de ganharem vários prémios com o seu projeto, os cinco estudantes decidiram criar o seu próprio estúdio, a Anarteam, e utilizar o programa de desenvolvimento da Microsoft para produtoras independentes, o ID@XBOX, para terminar e lançar Anarcute em várias plataformas (para já, PC e Xbox One).


Assim nasceu Anarcute, um jogo de ação single-player que dá ao jogador a possibilidade de reunir e expandir um grupo de manifestantes adoráveis e, de seguida, abrir caminho através de vários níveis com ambientes destrutíveis estilo Kawaii, bastante brilhantes e coloridos.  

Antes de jogar Anarcute, não sabiamos muito bem o que iriamos encontrar neste jogo. Os prémios ganhos indicavam-nos que este era um jogo que merecia ser analisado, mas como teria a Anarteam colocado animais "fofinhos" no papel de manifestantes violentos?  Essa foi uma questão que foi rapidamente esquecida assim que começámos a jogar, pois percebemos que os bonecos adoráveis não olham a meios para fazer justiça pelas próprias mãos.

youtube.com/watch?v=CpJX4vZMjT0

 

Jogabilidade

Anarcute começa com uma pequena missão em Tóquio, que serve também como tutorial, onde vamos conhecer a forma de controlar os manifestantes. Nesta fase, vamos juntar pela primeira vez um grupo adoráveis criaturas que estão espalhadas pela cidade e eliminar os primeiros agentes da Brainwash Patrol, uma corporação maléfica e opressora que controla várias cidades do mundo.

É importante referir que o jogo está disponível em nove idiomas, incluindo português do Brasil, facilitando assim a vida dos jogadores que não estão muito à vontade com o inglês.

Anarcute inclui apenas um modo de jogo: Revolta. Este é um modo de campanha single-player onde vamos controlar e combater com grupos de manifestantes para libertar quatro cidades (Tóquio, Paris, Miami e Reykjavik) controladas pela Brainwash Patrol, através de várias missões. Embora cada missão tenha o seu objetivo, a maioria consiste em reunir o maior número possível de manifestantes, sendo que muitos deles estão "adormecidos" em vários pontos do mapa, para expulsar a Brainwash Patrol da cidade, conquistando pontos específicos (tipo "capture-the-flag") e os edifícios controlados por essa corporação. No entanto, existem missões onde o objetivo é mesmo chegar a um ponto do mapa sem ser detetado pelos agentes, e outras (as mais desafiadoras) onde temos de eliminar o "boss" da cidade.

Para alcançar o seu objetivo, os manifestantes vão utilizar tudo o que tiverem à mão para atacar os agentes. Assim, quer sejam caixotes do lixo, plantas, ou até mesmo automóveis e autocarros, tudo serve para abrir caminho através da cidade. Enquanto que os objetos pequenos apenas servem para atacar de longe os agentes da Brainwash Patrol, os veículos podem ser utilizados para rebentar portões e outras barreiras,  ou causar explosões que eliminam mais agentes ao mesmo tempo. Quando não existem objetos para arremessar, a solução é mesmo partir para cima deles e desatar à pancada.

À medida que o grupo de manifestantes cresce, novas oções de ataque são desbloqueadas. Com um grupo de 10 manifestantes já podemos utilizar a onde de choque que serve para atordoar os inimigos ou mover objetos pesados (como um bolco de 1000 toneladas encontramos em alguns mapas), mas com mais alguns manifestantes podemos até demolir prédios, algo bastante útil para eliminar inimigos e resgatar manifestantes que estão "agarrados" às paredes dos edifícios. Em sentido inverso, se a barra de manifestantes chegar ao zero, perdemos (obviamente) o jogo.

 

youtube.com/watch?v=vB_4kvxGZDc

 

Existem dezenas de espécies diferentes de manifestantes, que vamos desbloqueando à medida que progredimos no jogo. Embora todos os animais tenham a mesma capacidade, é sempre engraçado ter um grupo diversificado. À nossa causa podem ainda juntar-se voluntários, embora sejam mais difíceis de localizar.

No final de cada nível, é-nos atribuída uma pontuação, sendo que a melhor é representada pela letra S. Se acharmos que conseguimos fazer melhor, temos sempre a possibilidade de repetir o nível. A recompensa surge na forma de moedas, que podemos depois utilizar numa maquina de vending para desbloquear poderes que nos oferecem vantagem enquanto combatemos a Brainwash Patrol.

A solo, Anarcute é bastante divertido e desafiante. No entanto, seria extraordinário poder jogá-lo com um amigo em multiplayer co-op. Talvez um dia a Anarteam nos presenteie com uma atualização que possa introduzir novos modos de jogo.


Gráficos e som

Como referimos na introdução, Anarcute apresenta-se com um estilo visual Kawaii, muito colorido e brilhante, que nos faz lembrar as séries de animação japonesas. Sendo essa a sua inspiração, os ambientes do jogo surgem com muita vida e animação, com muitos objetos e elementos visuais espalhados pelos mapas. Não tentando sequer aproximar-se da realidade, consideramos o jogo bastante rico a nível visual, com manifestantes muito violentos mas extremamente "fofinhos".

O som acompanha o estilo utilizado pelo ambiente visual, com uma banda sonora bastante animada que se adapta às situações do jogo, e efeitos sonoros a condizer.

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Conclusão

Anarcute revelou-se uma agradável surpresa, que tem tanto de divertido como de desafiador, podendo mesmo tornar-se viciante.

Com tempos de carregamento rápidos e níveis que não são demasiado extensos, mas que nos oferecem muitos desafios, Anarcute promete manter-nos ocupados durante cerca de 8 horas, tempo este que pode aumentar para os jogadores mais perfeccionistas.

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Ler 4038 vezes Modificado em Jul. 23, 2016
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