“Os cibercriminosos utilizam ferramentas com IA para criar lojas falsas de modo rápido, fácil e eficiente, aumentando assim a possibilidade de enganar quem anda à procura das ofertas mais aliciantes. Por vezes, os criminosos criam lojas falsas para extrair informações de cartões de crédito e dados pessoais, mas outras vezes levam a perdas financeiras diretas: os clientes pagam produtos que nunca chegam a receber ou recebem apenas a fotografia dos produtos que compraram”, diz Adrianus Warmenhoven, consultor de cibersegurança da NordVPN.
De acordo com um estudo da blackfriday.pt, a maioria dos Portugueses (74%) prevê gastar, em média, 311 € durante a Black Friday, o que representa um aumento de 7% em relação às intenções de compra do último ano (290 €).
Os especialistas de cibersegurança avisam que a crescente vaga de sites criados por profissionais pode levar ainda mais pessoas a divulgar os seus dados pessoais ou a pagar produtos que não existem. Enquanto algumas páginas são desenvolvidas para imitar as lojas originais, outras tentam enganar as pessoas fazendo-se passar por marcas conhecidas.
Para tornar tudo ainda mais convincente, os criminosos recorrem a truques tipográficos conhecidos, como a substituição de “Amazon” por “Arnason” no URL, que tem funcionado em domínios famosos. Também tentam imitar nomes de marcas conhecidas, como aconteceu com a infame loja fictícia “Kardecian.com.” Agora, os criminosos ocultam os elementos suspeitos no domínio atrás da abreviação do URL, o que faz com que os sites de phishing pareçam mais credíveis.
O que fazer para se proteger da fraude nas compras online este ano
“A principal estratégia que encorajamos as pessoas a terem presente nesta época de compras é que, se a oferta parecer demasiado boa para ser verdade ou se lhes pedirem muitas informações pessoais, é provável que estejam a ser enganadas. Além disso, há pormenores, como os erros gramaticais, a baixa qualidade das imagens ou as ligações quebradas, que costumam ser sinais claros de que a loja é falsificada”, afirma Warmenhoven.
Este especialista dá mais algumas dicas sobre como se proteger de sites fraudulentos e fazer compras seguras online:
Procure informações de contacto. Os sites legítimos apresentam informações de contacto explícitas, incluindo a morada física, o número de telefone e o endereço de e-mail, que normalmente se encontram no cabeçalho, no rodapé ou na página “Sobre”.
Consulte as políticas de privacidade e os termos e condições. Certifique-se de que o site tem uma política de privacidade clara e termos e condições acessíveis quanto a devoluções, reembolsos e envios.
Evite métodos de pagamento pouco usuais. Tenha cuidado se o site insistir em métodos de pagamento fora do comum, como transferências bancárias, cartões-oferta ou criptomoedas. Os burlões preferem estes métodos por serem mais difíceis de detetar.
Pesquise o retalhista. Faça uma pesquisa rápida online pelo nome do fornecedor com palavras-chave como “avaliações” ou “fraude”. Evite sites que tenham um grande número de avaliações negativas ou suspeitas.
Utilize ferramentas de cibersegurança e privacidade. Embora o panorama das ameaças digitais passe por mudanças constantes, as empresas de tecnologia desenvolvem ao mesmo tempo ferramentas como a Proteção contra Ameaças Pro™ da NordVPN, que protegem os utilizadores dessas ameaças.
De 1 de setembro a 31 de outubro, a NordVPN agregou dados sobre as visitas dos utilizadores da Proteção contra Ameaças Pro™ da NordVPN a lojas falsas. Os dados reunidos mostraram que a ferramenta antiphishing e antifraude bloqueou 9.9 milhões tentativas de visitar lojas falsas em setembro, um número que durante o mês de outubro ascendeu a 13.4 milhões. Todos os dados foram obtidos em conformidade com os compromissos que a empresa assumiu com os clientes.
A NordVPN é a fornecedora de serviços VPN mais avançados do mundo, contando com milhões de utilizadores da internet em todo o planeta. O