Contudo, a adoção massiva desta tecnologia tem sido afetada por conotações negativas que geralmente se associam aos drones. De facto, um estudo realizado recentemente no Reino Unido, mostrou que apenas 31% dos inquiridos apresentava uma atitude positiva relativamente aos aparelhos “com asas”. Esta perceção deve-se, muitas vezes, à utilização indevida ou ilegal dos drones – por exemplo, quando são usados para fins de espionagem, para causar danos físicos a pessoas e infraestruturas críticas (como centrais nucleares), ou para alterar o funcionamento normal de um aeroporto, como sucedeu em Londres, em dezembro de 2018, quando foi necessário fechar a pista de Gatwick e cancelar voos devido à circulação de dispositivos voadores naquela área.
Estas são razões suficientes para perceber como é importante construir a confiança na tecnologia, salvaguardando o seu papel essencial na inovação das empresas e dos indivíduos, com a garantia de que não representa um risco para a privacidade e segurança dos mesmos. O Kaspersky Antidrone permite uma utilização mais segura dos drones, reduzindo os riscos associados e responsabilizando os seus operadores.
O software da nova solução Kaspersky coordena o trabalho de vários módulos de hardware fornecidos pela rede de parceiros e é capaz de distinguir os drones de outros objetos voadores. O módulo de deteção principal faz a procura de um drone através de câmaras de vídeo combinadas com sensores de áudio, radar e tecnologia LIDAR, conforme as necessidades do cliente e do ambiente. O uso de scanner laser para determinar a posição/localização de um drone é uma funcionalidade exclusiva do Kaspersky Antidrone, que nunca antes tinha sido aplicada neste campo.
Mas como é que tudo isto funciona, na prática? Em primeiro lugar, quando se deteta um objeto em movimento no céu, as suas coordenadas são transmitidas para um servidor específico que as envia para uma unidade especial. Consoante os dados de deteção principal, esta unidade gira até ao objeto, segue-o e depois a câmara amplia-o. Ao mesmo tempo, uma rede neuronal artificial, concebida para distinguir os drones de outros objetos em movimento, analisa o objeto que surge no vídeo. Se este for um drone, o servidor envia um comando ao módulo responsável por interferir com a comunicação entre o dispositivo e o seu controlador. Como resultado, o drone regressa ao lugar de onde foi lançado ou aterra na mesma localização onde perdeu o sinal com o controlador. Isto significa que o dispositivo é controlado sem que exista qualquer dano, uma vez que não há contacto físico com a aeronave.
Vladimir Turov, em representação do projeto Kaspersky Antidrone, comenta: “Muitos dos elementos que compõem a equipa Kaspersky Antidrone foram pilotos de drones no passado. Eu próprio fui testemunha de algumas situações de risco, no decorrer de eventos públicos, e que claramente contribuem para levantar dúvidas sobre o uso desta tecnologia. Infelizmente, como piloto, sei que muitas vezes não estamos a par dos locais de circulação proibida, pelo que é frustrante vermos a nossa a aeronave afastada inesperadamente ou atingida fisicamente por drásticas ações proteção”.
O responsável salienta ainda que durante o desenvolvimento do novo produto Kaspersky, a equipa teve em conta “tanto os interesses dos utilizadores dos drones, como os requisitos e preocupações com a segurança, criando-se uma solução segura que impede a entrada de aeronaves em áreas restritas, sem lhes causar qualquer dano”.
Este software pode ser entregue como solução única e independente num hardware de terceiros, como versão mobile (por exemplo, para ser utilizada na parte superior de veículos todo-o-terreno), ou integrada com outros sistemas de monitorização, incluída na infraestrutura dos “lares inteligentes”.
Para saber mais sobre o Kaspersky Antidrone e a sua disponibilidade, visite o respetivo website.